Segundo o JN, na passada quarta-feira, José Sócrates distribuiu mais de 250 Magalhães em Ponte de Lima. No entanto, no final do dia os alunos tiveram que os devolver porque era apenas uma “experiência” já que falta cumprir as formalidades.

Perante esta iniciativa os alunos não esconderam a sua alegria, só que foi sol de pouca dura.
 
Ontem veio a saber-se que, depois da comunicação social ter registado o momento e os governantes partirem, os alunos tiveram que os devolver.
 
Daniel Campelo, presidente da Câmara de Ponte de Lima confirmou ao JN que a entrega foi uma “experiência” para os jovens “se familiarizarem com os computadores” e que os alunos estavam devidamente avisados que não iriam ficar com eles para já. Segundo o presidente do Município, os 259 Magalhães estão nas instalações das escolas à espera que se cumpram as necessárias formalidades e o pagamento para serem entregues. O autarca referiu que no dia não se apercebeu de nada de anormal e que “não acha mal nenhum” na iniciativa.

O JN contactou o gabinete do primeiro-ministro que afirmou desconhecer por completo a situação, salientando que não teve qualquer papel na organização da cerimónia, cabendo a mesma ao Ministério da Educação.

A directora Regional de Educação do Norte garantiu ontem à agência Lusa que o facto dos computadores terem ficado na escola se deveu “única e exclusivamente à metodologia adoptada” pelos docentes de Freixo.

“Os professores optaram por trabalhar mais intensivamente a socialização dos alunos com os computadores e, por isso, decidiram que nesta fase inicial aquela ferramenta ficaria na escola. Tão simples como isto”, garantiu Margarida Moreira, salientando ainda que os alunos da Escola de Refóios já estão a levar os seus computadores para casa.

Fonte: JN