Procuraremos que o combate à exclusão digital seja assumido como uma política pública de promoção da inclusão social. Não será suficiente massificar o acesso às tecnologias. Esta é uma condição necessária mas incompleta. É necessário construir uma consciência colectiva de uso das tecnologias, é fundamental para todos os cidadãos ter acesso à informação, saber conviver com ela, saber consumi-la e utilizar os instrumentos e meios a ela ligados.

A inclusão digital só será verdadeiramente conseguida no momento que a generalidade das pessoas compreenda que o computador é um meio de acesso à educação, ao trabalho, ao contacto e inter-relacionamento com a sua comunidade, ao espírito crítico e ao exercício pleno da sua cidadania.

Uma política de infoinclusão deve ter como um dos seus objectivos formar pessoas preparadas para a cidadania activa também na Internet, capacitados para serem actores, produtores de conteúdo local (como o Movimento E-Coruche e outros já o estão a fazer) e não apenas consumidores de informação produzidas por outras instâncias de conhecimento e poder.