Parque Industrial, Parque de Negócios ou Parque Tecnológico?
17 de Fevereiro, 2007
A opção da C.M. de Coruche pela ampliação do actual Parque Industrial do Monte da Barca, em detrimento da criação de um novo e moderno Parque de Negócios, contrariamente ao que estava previsto no POR-LVT 2000/2006 e na proposta de revisão do PDM faz toda a diferença.
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Os Parques de Negócios, para além da instalação de empresas de vários sectores, favorecem ainda a localização de centros de incubação de empresas, escolas tecnológicas e/ou profissionais, centros empresariais (com salas de formação, salas de reuniões, auditório, etc.) e ainda estruturas complementares de acolhimento, como sejam postos de abastecimento, restauração, agências bancárias, creches e unidades hoteleiras.
Pelo contrário, a ambição deverá ser, isso sim, procurar criar um Pólo Tecnológico
O “Movimento.e-Coruche” tem a esperança de que, incrementando maior ambição assente numa perspectiva de desenvolvimento a curto/médio prazo dum conjunto de infraestruturas, designadamente:
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1.
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Concretização do Parque de Negócios, dotado de modernas infraestruturas de redes digitais de comunicação, de energia (incluindo o gás natural) e com a vertente de incubação de empresas.
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2.
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Observatório da Cortiça e o aproveitamento do impulso da investigação a ele associada.
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3.
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Melhoria das acessibilidades ao concelho de Coruche (IC10/IC13, A13, A6, PVGama, Ponte da Lezíria), fundamentais para a região, muito em particular a variante a Coruche e a correspondente nova travessia sobre o Vale do Sorraia.
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4.
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Melhoria dos níveis de Mobilidade, designadamente o relançamento da ligação ferroviária (com prolongamento do ramal de mercadorias que serve a DAI ao Parque de Negócios).
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5.
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Construção do futuro aeroporto em Alcochete.……………………………
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6.
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Construção no concelho da Unidade Básica de Saúde, prevista para a parte sul do distrito.……………………………………………………..
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7.
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O previsível desenvolvimento do cluster das Energias Renováveis e toda a investigação e tecnologia associada, com empresas concelhias bem posicionadas no domínio da Energia Eólica e dos Biocombustíveis (TEGAEL e DAI), sem esquecer o potencial endógeno no domínio da Biomassa Florestal e Solar.
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Nesse patamar de desenvolvimento, não será utópico pensar ter no concelho de Coruche, um Pólo Tecnológico (empresas com incorporação de alta tecnologia, ensino profissional e politécnico), também justificado pelos mesmos argumentos que hoje fundamentam a criação de uma Unidade Básica de Saúde na parte sul do distrito de Santarém relativamente ao desequilíbrio que se verifica com a parte norte.
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Diferenças mais significativas entre uma Zona Industrial, um Parque Industrial, um Parque de Negócios e um Parque Tecnológico: | |
Zona Industrial Considera-se um espaço afecto à indústria num plano de ordenamento e que ainda não se enconta infraestruturado. Parque Industrial
Trata-se de um parque ordenado para acolher industrias. Fundamentalmente, a distiinção entre Zona Industrial e Parque Industrial reside no facto desse espaço estar ou não ordenado, existindo ou não um conjunto de infraestruturas diversas (vias de comunicação, saneamento, telecomunicações, etc). Caso existam, estando o espaço devidamente organizado chama-se Parque Industrial. Parque de Negócios Os parques de negócios são espaços para instalações de empresas que oferecem condições qualificadas e de excelente qualidade para o desenvolvimento de actividades empresariais de natureza industrial, logística, comercial e de serviços. Para além da instalação de empresas dos referidos sectores, essas estruturas favorecem ainda a localização de centros de incubação de empresas, escolas profissionais e/ou tecnológicas, centros empresariais (com salas de formação, salas de reuniões, auditório, etc.) e ainda estruturas complementares de acolhimento, como sejam postos de abastecimento, restauração, agências bancárias, creches e unidades hoteleiras. Parques Tecnológicos/Pólos Tecnológicos
Consistem em organizações geridas por especialistas, que têm como objectivo aumentar a riqueza da comunidade, através da promoção da cultura de inovação e competividade das empresas e instituições. |
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Para que se consigam atingir os objectivos traçados, um Parque de Ciência e Tecnologia estimula e gere o fluxo de conhecimentos e tecnologias entre universidades/institutos Politécnicos, instituições de I&D, empresas e mercados. Os parques tecnológicos permitem criar e fazer crescer empresas com base na inovação, através da incubação e de processos spin-off. Podem também fornecer outros serviços de valor acrescentado, como espaços e serviços de apoio de qualidade elevada.
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Incubadora de Empresas
Uma incubadora de empresas é um ambiente flexível e encorajador onde é oferecida uma série de facilidades para o arranque e crescimento de novos empreendimentos. Além da assessoria na gestão técnica e empresarial da empresa, a incubadora oferece a infra-estrutura e serviços compartilhados necessários para o desenvolvimento do novo negócio, como espaço físico, salas de reunião, telefone, fax, acesso à internet, suporte em informática, entre outros. Dessa forma, as incubadoras de empresas geridas por organismos públicos, universidades, associações empresariais e fundações são catalisadoras do processo de desenvolvimento e consolidação de empreendimentos inovadores no mercado competitivo. Com base na utilização do conhecimento profissional e prático, os principais objectivos de uma incubadora de empresas estão na produção de empresas de sucesso e na criação de uma cultura empreendedora. “Spin-off“ É um termo científico usado para designar projectos ou empreendimentos que “decolam” a partir de actividades da universidade e ganham vida própria. |
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Por natureza, o início de actividade de qualquer empresa é problemático e difícil. Mas, caso se mantenham no concelho as condições actuais, será pouco provável, especialmente aos jovens empreendedores, superarem os desafios iniciais do arranque (compra de terreno, projectos, construção, etc., etc…).É necessário dotar o concelho com estruturas empresariais com melhores e mais sólidas condições, de modo a promover um ambiente favorável ao fomento de empresas competitivas e combater o risco do insucesso nos primeiros anos de actividade (especialmente nas empresas de perfil tecnológico).Para um concelho como o nosso, o empreendedorismo assume extrema importância, e se carecemos de progresso não basta detectar os sinais de oportunidade, mas também tomar atenção aos sinais que PODEM IMPEDIR, EFECTIVA OU DEFINITIVAMENTE ESSAS OPORTUNIDADES |
Os jovens de Coruche que por cá vão ficando têm de se libertar da sina de terem unicamente como opção esta matriz de futuro já gasta: desemprego ou magros assalariados (e precários) dos grandes interesses.
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NOTA:
Como se pode verificar, o futuro do concelho poderá ser bastante diferente em função da opção que se tomar! |
Etiquetas: António Pinheiro da Costa, Câmara Municipal de Coruche, Cidadania, Coruche, Desenvolvimento Económico, Ensino, Formação, Inovação, Movimentos Cívicos, Movimentos de Cidadania, Municípios, Parques Tecnológicos, Poder Local, Sociedade do Conhecinento/da Informação, ticMAIS